O primeiro grande amor
- José Maurício R. Oliveira
- 14 de mai.
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Atualizado: 23 de mai.
"O primeiro amor de um homem
é sempre um amor impossível,
pois ele busca no outro o que nunca poderá ter:
a completude."— Freud

Para Freud, o sujeito (independente do gênero) nas relações amorosas, sofre efeitos das primeiras relações amorosas infantis. O primeiro amor é o materno. Uma sensação de pertencimento mútuo, atenção e gratificação “completa” toma conta do bebê. Ali é impresso no psiquismo a ideia de um “amor-ideal”, onde não há falta e onde todos os desejos são atendidos. Contudo este sentimento não vai durar muito, pois a mãe tem outros interesses e ocupações na vida (outros amores). Seu par amoroso, outros filhos, a carreira, seu sono, fome e outras vontades, desconstroem a idealização, no bebê, daquele amor inteiramente voltado para ele. Isso mesmo, já convivemos com a presença de algo além de nós no desejo do outro.
Esta quebra do ideal gera um efeito de angústia que irá retornar em futuros momentos da vida, bem como uma pulsão inconsciente em reencontrar aquele amor ideal, sem faltas.
Até aqui, este percurso é de certa forma comum e inevitável a todos. Contudo, o que se dará a partir disso, será determinado pela subjetividade e trajetória de cada um. Amar, suportando a incompletude ou viver em busca do amor ideal perdido?
E você? Que tipo de sujeito é no amor? Como isso te afeta? Vamos tratar isso?